segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá...
é só isso que escuto em minha cabeça quando tento escrever.
as palavras eram tão amigas minhas,  o que será que aconteceu?
será que meu mau-humor afastou elas, assim como afastou todos os meus outros amigos?
sim, deve ter sido isso.. eu me tornei tão amarga que nem as palavras me fazem mais companhia.
nem as letras das canções ficam do meu lado. principalmente quando cantam: ' você partiu e me deixou, nunca mais você voltou pra me tirar da solidão', ou quando marisa monte susurra no meu ouvido: 'depois de varar madrugada esperando por nada, de arrastar-me no chão em vão, tu viraste-me as costas, não me deu as respostas que eu preciso escutar'.
pois é.. me vejo só. me encontro sempre só. e só não existem momentos felizes.
é estranho, porque sempre preguei a individualidade, e a independência. mas a frase 'ninguém é feliz sozinho' encaixa bem nesse momento. não to falando de namorado, apesar de ser uma ótima ideia, mas de amigos, colegas, companheiros. gente simples, que gosta de coisas simples, que lembre de você quando por acaso escuta sua música favorita na esquina. na verdade, na minha vida, a pessoa já seria importante se soubesse minha música favorita. que lembre de você quando vê um bichinho de pelúcia na loja, e sinta vontade de te dar o presente, mesmo que não seja seu aniversário, muito menos Natal.
me vejo só. me encontro sempre só. e só não existem momentos felizes.
mais uma vez é estranho, porque nunca precisei de muita coisa pra ser feliz. mas nem essa 'pouca coisa' eu to encontrando nos últimos tempos. é.. acho que ela foi embora junto com meu bom-humor, minha simpatia, meu sorriso, que nunca foi um dos mais bonitos, mas era de verdade.
me vejo só. me encontro sempre só. e só não existem momentos felizes.
não culpo você, meu 'ex-amigo'. a culpa não é sua. e sei disso, nunca disse que era.
a culpa é minha, toda minha, não é? foi eu que me afastei. na verdade, que te afastei. pois é..
me vejo só. me encontro sempre só. e só não existem momentos felizes.
- Olá, palavras! Que prazer reencontrá-las! Vieram pra ficar? ooh, não? Que pena! Precisam fazer companhia pra quem tem histórias felizes pra contar, não é? Pra quem é feliz, pra quem gosta e sabe ser feliz. Tudo bem, eu entendo! Só me façam um favor: me façam algumas visitas. De vez em quando preciso de sua companhia. Só quando vocês vêm, não me sinto só e, acompanhada, me sinto feliz.
eu me coloco só, me faço só, escolho ser só. não gosto disso, mas vivo assim. Não sei mudar. Consegue entender? Acho que nem eu. Nem as palavras. Nem meus 'ex-amigos'. Nem Marisa Monte, Renato Russo ou Jason Mraz. Nem suas letras, ou suas melodias que me parecem sempre melancólicas.
eu me coloco só, me faço só, escolho ser só. não gosto disso, mas vivo assim.. portanto me vejo só, me encontro sempre só. e só não existem momentos felizes.